A história do Pai Seta Branca, contada no Vale do Amanhecer, é retirada das informações preciosas que foram transmitidas pela clarividente Tia Neiva e revela apenas uma das muitas vidas terrenas desse Amoroso e Iluminado Mensageiro de Jesus, que recebeu do Cristo a importante Missão de socorrer a Humanidade nestes momentos difíceis de transição milenar.
"Conta-se que nos idos de 1500, quando a região dos Andes ainda sofria a influência de civilizações Incaicas anteriores, chegaram os invasores espanhóis em busca de riquezas e conquista. Na fronteira Brasil-Bolívia, vivia tranqüilamente uma tribo de andinos miscigenados com povos das planícies do leste. O seu Chefe era um homem alto, bronzeado, e de olhar penetrante dos espíritos veteranos deste planeta. Todos o amavam e um guerreiro mais afeiçoado preparou uma ponta de presa de javali para armar, com orgulho, a lança do Grande Chefe. A alvura da ponta de sua lança passou, então, a caracterizá-lo e ele tornou-se lendário como o “Cacique Guerreiro da Lança Branca”.
Os conquistadores espanhóis iam, aos poucos, avançando em direção ao Pacífico e deixando para trás um rasto de sangue nos restos pouco aguerridos das aldeias Incas enfraquecidas por um conflito interno. Eis que um mensageiro do Inca chega afoito pedindo socorro ao Grande Cacique da fronteira. Atendendo ao seu apêlo, ele partiu ao encontro dos soldados espanhóis comandando um pequeno exército de oitocentos homens. Apesar de falar pouco, seus olhos refletiam a luz da experiência de muitos milênios e o seu coração ainda estava impregnado pelo Amor Crístico, fruto de sua última vivência na personalidade humilde de Francisco de Assis.
No descampado de um vale andino, as duas facções se defrontam. De um lado, os guerreiros do Cacique da Lança Branca aliado aos Incas; de outro, os terríveis espanhóis. O clima era de tensão e morte. Então, o grande Cacique, vislumbrando o iminente derramamento de sangue, subiu em uma pequena colina e elevou a sua Lança para o céu falando em voz alta, com firmeza, palavras enigmáticas que todos assustados ouviam: " Tupã, Tupã, ouça-me! Esta lança de ponta alva que carrego nas mãos não tirará o sangue desses irmãos! Mostre a eles, Tupã! Dê compreensão." Enquanto falava, ele levantava a sua Lança de ponta alva para o céu.
Diz-se que foi sublime aquele grande momento. Pois, a medida que ele discursava, era como se descesse sobre aquele campo de batalha uma grande força e um estranho clima de paz , tranqüilidade, e emoção encheu o ambiente. Aos poucos, os invasores inimigos foram se afastando, recuando, e o grande Cacique baixou a cabeça e quedou-se em profundo silêncio de agradecimento. Graças a força de Tupã, a pequena tribo Incaica estava salva, e os seus oitocentos guerreiros podiam voltar para casa.
Conta-se que foram grandes os festejos oferecidos pelo Inca ao povo do grande Cacique, e muitas vitelas mortas puderam ser levadas para a sua aldeia. O Inca, agradecido, quiz até oferecer riquezas e jóias de ouro, porém o grande Chefe recusou. Passado algum tempo, ficou adoentado e quando aproximou-se a sua morte foi lhe presenteado um belo e grande cocar que ainda usa nas suas aparições espirituais. Foi desse episódio inédito que se originou, segundo Tia Neiva, o seu nome atual: Cacique Guerreiro Seta Branca ou "Pai Seta Branca", para os médiuns do Vale do Amanhecer.
Na metade do século XX, o "Pai Seta Branca", superada a sua faixa encarnatória, procurou a clarividente Neiva e convenceu-a a executar uma Missão que ele trazia para a Terra, sob as ordens de Jesus: socorrer a humanidade nestes momentos de transição de uma Era para outra. Após reunir à sua volta uma grande falange de Espíritos Evoluídos, servidores do Cristo, o "Pai Seta Branca" deu início à preparação de Tia Neiva no sentido da criação do Médium Doutrinador - com capacidade de doutrinar e encaminhar os espíritos que perambulavam pelas cercanias da Terra, influenciando negativamente as pessoas, e atrapalhando a implantação da Nova Era. Em 1969, Tia Neiva com a ajuda de pessoas afins começou a estruturar um complexo de construções, para trabalhos especializados em cura desobsessiva, que ficou conhecido hoje como o "Vale do Amanhecer" e que vem se espalhando na forma de Templos do Amanhecer pelo Brasil e até no Exterior."